Palmeiras consegue liberação para jogar final do Paulista no Allianz Parque; decisão será no domingo

Palmeiras consegue liberação para jogar final do Paulista no Allianz Parque; decisão será no domingo.
Reprodução

De acordo com o Palmeiras, a presidente Leila Pereira costurou um acordo com o CEO da WTorre, Luis Davantel

Na tarde desta segunda-feira, o Palmeiras anunciou, via perfil oficial no Twitter, que o jogo de volta da final do Paulistão, diante do SPFC, acontecerá no Allianz Parque, no domingo. De acordo com o clube, a presidente Leila Pereira conversou com Luis Davantel, CEO da WTorre, e conseguiu a liberação do estádio.

Minutos após o Palmeiras se manifestar no Twitter, a Federação Paulista de Futebol divulgou o horário da partida: às 16h.

A dúvida sobre onde e quando aconteceria o segundo jogo se deu porque o Allianz Parque será palco do show da banda Maroon 5, no próximo dia 5 (terça-feira). No primeiro momento, o Palmeiras acenou com a possibilidade de antecipar a partida para sábado, para que a montagem do evento não ficasse prejudicada. Entretanto, o presidente do SPFC, em entrevistas no domingo, mostrou-se contrário ao pedido palmeirense alegando que o regulamento previa a partida no dia 3 de abril.

Vale ressaltar que o Verdão é o dono da melhor campanha do Paulistão, por isso tem a vantagem de fazer o duelo decisivo em seus domínios, e que o regulamento do campeonato não obrigava as duas equipes a jogarem no domingo.

Na manhã de hoje, ainda, houve uma reunião entre os mandatários dos dois clubes mais Reinaldo Carneiro, presidente da FPF, para solucionar o caso. No encontro, contudo, a única questão resolvida foi sobre o primeiro jogo, que acontecerá quarta-feira, no Morumbi, às 21h40.

Allianz Parque será pela 7ª vez palco de uma partida que vale título ao Palmeiras

Jogadores do Palmeiras comemoram a conquista da Recopa Sul-Americana, após segundo jogo contra o Athletico-PR, válido pelas finais no Allianz Parque.
Cesar Greco

Símbolo de uma reconstrução que resultou em uma era vitoriosa do clube, o Allianz Parque será pela sétima vez palco de um jogo que vale título ao Palmeiras. A lista conta duas finais de Copa do Brasil (2015 e 2020), a partida decisiva contra a Chapecoense em 2016, pelo Brasileirão, além de outros dois Paulistas (2018 e 2020) e a Recopa Sul-Americana (2022).

Na atual temporada, o Palmeiras segue com 100% de aproveitamento jogando no Allianz Parque: são nove vitórias, com 16 gols marcados e apenas dois sofridos.

Palmeiras obtém 100% de aproveitamento contra os rivais e garante liderança geral do Paulistão

Danilo do Palmeiras em disputa com Willian do SCCP, durante partida válida pela sexta rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Palmeiras recebeu o SCCP no Allianz Parque e venceu por 2 a 1, com gols de Raphael Veiga e Danilo

O Palmeiras entrou em campo na noite desta quinta-feira, no Allianz Parque, para enfrentar o SCCP, em partida atrasada da sexta rodada do Campeonato Paulista. Com gols de Raphael Veiga e Danilo, o Verdão venceu o rival por 2 a 1 e manteve a invencibilidade na competição.

Com o triunfo, o Palmeiras chegou a 29 pontos e também assegurou a liderança geral da primeira fase da competição. Caso siga avançando no mata-mata, a fará todos os jogos decisivos no Allianz Parque, já que nenhum outro clube alcançará a pontuação do Verdão. Vale lembrar que pelo regulamento do Paulistão os clubes seguem somando pontos mesmo nos jogos eliminatórios.

Nas quartas-de-final, o Palmeiras ainda espera pela definição de seu adversário, o que deve acontecer na rodada final da fase de classificação, no próximo domingo. No momento, o Ituano é o segundo colocado com 18 pontos, seguido de Botafogo (18) e Mirassol (17). O duelo pelo mata-mata deve ocorrer na quarta-feira da semana que vem.

Palmeiras atinge feitos importantes

Por conta da disputa do Mundial de Clubes, a tabela de jogos do Palmeiras no Campeonato Paulista precisou ser alterada e a Federação Paulista de Futebol optou por colocar os três rivais para o time enfrentar em sequência (SPFC – 10/3; Santos – 13/3; e SCCP – 17/3).

Na História, o Palmeiras já tinha enfrentado os três rivais em sequência onze vezes; no entanto, a série atual foi a primeira em que a equipe venceu todas as partidas. Vale ressaltar, entretanto, que em 1933 aconteceu algo parecido: o Palestra Itália enfrentou três rivais e venceu todos os jogos; mas uma das três equipes era o São Paulo da Floresta – o primeiro confronto contra o SPFC aconteceu em 1936.

Além disso, na atual configuração do Campeonato Paulista, que teve início em 2014, foi a primeira vez que o Palmeiras venceu os três rivais na primeira fase. Com Abel Ferreira e sua comissão técnica no comando, o clube disputou 21 clássicos, obteve 10 vitórias, perdeu quatro e empatou outros sete.

“A equipe ainda tem muito a trabalhar, a crescer. No Brasil há muita empolgação, mas temos que ser humildes. Temos uma equipe jovem. Vamos manter os pés no chão, o que vem de fora eu não controlo. O fundamental também é nos mantermos unidos. Mais do que nunca sinto e sei o que é ser palmeirense”, disse Abel, sobre os triunfos contra os rivais.

“CHICO LANG, VIADO!”

Fosso Palestra Italia
George de Barros

A imagem que abre este post foi captada pelo leitor e padrinho do Verdazzo George Barros, no último jogo do velho Palestra, no dia 9 de julho de 2010. Ela rodou em um grupo de Whatsapp e a publiquei no Twitter, mencionando que só havia uma legenda possível para a foto.

Nas respostas, a palavra que mais foi postada foi “saudade”, e a legenda, claro, é a trilha sonora desse momento, que todo palmeirense que frequentou o Palestra a partir do início da década de 90 que deixava o estádio pelo portão da Turiaçu sabe e adora: “CHICO LAAAAANG, VIAAAADO!!!!”

Era um ritual que acontecia à tarde ou à noite; na chuva ou no seco; nas vitórias, empates ou derrotas. Não importava o que estivesse acontecendo: ao passar pelo fosso em direção à saída do estádio, na região sob as numeradas (e tribunas de imprensa), o canto saía automaticamente. Uma tradição de quase 20 anos, que foi interrompida com a demolição do querido Palestra para a construção do Allianz Parque.

Em primeiro lugar, em tempos bicudos como os de agora, antes que a patrulha apareça, é necessário fazer uma ressalva importante: ao chamar o jornalista Chico Lang, que até hoje ocupa seu lugar no programa Mesa Redonda da TV Gazeta, de “viado”, a torcida do Palmeiras está apenas praticando um costume milenar do mundo do futebol: chamar de viado. A prática, como todos sabem, pode ocorrer numa camaradagem entre amigos ou mesmo para xingar – um xingamento leve, sem o peso de um “filha da puta”, por exemplo, e não tem absolutamente nenhuma menção à sexualidade do xingado. E é incrivelmente chato ter que fazer um parágrafo só para fazer esta ressalva.

Mesa Redonda
Reprodução

Chico Lang é um jornalista que assumiu em frente às câmeras a torcida pelo SCCP, e o fazia como contraponto ao apresentador principal do Mesa, Roberto Avallone, palmeirense até a medula. Avallone tentava, mas não conseguia esconder sua palestrinidade, mesmo invocando que, na mesa, defendia o “Jornalismo Futebol Clube, exclamação”. O remédio foi surgir um “personagem” torcedor do SCCP, para equilibrar as coisas. A química deu muito certo, os dois faziam um programa bastante leve e divertido, mesmo com recursos escassos até mesmo para a época. Era tosco do início ao fim, mas era honesto e gostoso de assistir. Dava de dez a zero em qualquer mesa atual. E todo mundo na capital paulista que gostava de futebol assistia ao Mesa, aos domingos à noite – ainda mais nos tempos em que a TV por assinatura ainda era um privilégio para poucos.

A imagem que abre o post traz à tona lembranças de um lugar mágico, que emociona a qualquer palmeirense que o tenha frequentado, e ainda evoca um comportamento que simbolizava essa época tão gostosa. Xingar o Chico Lang (que muitos dos que passaram a frequentar o Palestra em meados dos anos 2000 talvez nem soubessem quem era, mas cantava mesmo assim) de viado não denotava nenhum sentimento ruim. O jornalista acabou se tornando uma espécie de projeção daquele amigo que você gosta muito, mas que torce pelo SCCP. No fundo, o canto não era direcionado especificamente ao Chico Lang, era um puro exercício de rivalidade. E pobre de quem não é capaz de entender isso.

Hoje as mesas redondas são como uma praga pelos canais esportivos e viraram picadeiros. Nenhum desses jornalistas-palhaços de hoje conseguem emular a fórmula do velho Mesa Redonda, nem o próprio Mesa, que perdura sob o comando de Flávio Prado, que torce para o SPFC, não assume, e inventou que torce pela Ponte Preta sabe-se lá para que. Chico Lang torce, assume, e não corre nenhum risco quando anda nas ruas. Ao contrário, é querido e saudado por quase todos que o veem. Os palmeirenses com menos espírito esportivo podem até fazer um muxoxo, mas duvido que sintam raiva ou vontade de xingá-lo de verdade, como ocorre com a maioria dos jornalistas dos programas mais populares de hoje.

O Velho Palestra não existe mais. Hoje temos o Allianz Parque, que com pouco mais de dois anos de existência já foi palco de dois títulos espetaculares, vem sendo um fator fundamental para a retomada das conquistas do Verdão e que vai pouco a pouco adquirindo sua própria identidade no imaginário dos palmeirenses, com suas próprias tradições, como o hino nacional adaptado.

Mas seria muito legal de a torcida, ao passar pelos corredores que levam aos portões de saída, em qualquer setor, entoasse o velho “CHICO LANG, VIADO!” ao final das partidas, como nos velhos tempos. Seria uma forma de, ao mesmo tempo, exercitar a rivalidade com o SCCP, de lembrar do tempo em que o jornalismo conseguia ser leve e divertido sem deixar ninguém com raiva, e de reviver uma tradição divertidíssima daquele mesmo pedaço de chão.

No dia 29, contra a Ponte Preta, vou arriscar puxar um “CHICO LANG, VIADO”. Será que vai pegar?

Um grande abraço ao Chico, ao Avallone e a todos os que fizeram parte daquela sensacional Mesa.

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