EXCLUSIVO: Lucas Andrade, técnico do Sub-20, revela diferencial de estrelas da base e como “todos somos um” é incorporado além do profissional

Lucas Andrade na partida de volta entre Palmeiras e Cruzeiro, válida pela final do Campeonato Brasileiro Sub-20, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Campeão Sub-20 com o Verdão no começo do mês, Lucas Andrade concedeu entrevista exclusiva ao Verdazzo

Técnico campeão Brasileiro Sub-20 pelo Palmeiras, Lucas Andrade conversou de forma exclusiva com o Verdazzo. O treinador, que já passou por outras categorias dentro do Verdão, trabalhou com as principais promessas do clube dos últimos anos (Endrick, Estêvão, Luis Guilherme e Vitor Reis) e citou quais são seus diferenciais em relação aos outros meninos.

“A personalidade e a capacidade de trabalho. Esses quatro jogadores têm uma personalidade muito forte e são capazes de aguentar a pressão com naturalidade, além de serem decisivos nos momentos de maior dificuldade. Também trabalhei com eles na Seleção Brasileira. Todos eles eu vi competindo em níveis diferentes (estadual, nacional e mundial) e sempre em momentos de dificuldades eles chamavam a responsabilidade”, disse.

“O que faz um jogador deste nível alcançar os objetivos é a forma como ele lida com o jogo e os desafios. Obviamente são muito talentosos, mas muitos no Brasil também são capacitados, só que eles têm personalidade mesmo sendo precoces”, completou.

Andrade está na segunda passagem pelo Palmeiras. Antes, ele havia comandado as equipes Sub-14 e Sub-15. Nestas categorias, foi treinador de jogadores como Fabinho, Garcia, Gabriel Veron e outros da geração 2002.

Depois de uma passagem pelo futebol chinês, o comandante retornou ao Palmeiras no final de 2021 para dirigir o time Sub-18. Ele também foi um dos auxiliares de Paulo Victor Gomes na conquista da Copinha do ano seguinte e assumiu o cargo de treinador do Sub-20 após a saída de PV para o México, em junho do ano passado.

Valências do Palmeiras e João Paulo Sampaio

Com muito tempo de Palmeiras, juntando as duas passagens, Lucas Andrade passou por todas as fases da transformação da base palmeirense. Desde o início do trabalho até a consolidação como o principal centro de referência em formação de jogadores do país. E um dos principais fatores para essa mudança total é a forma com que João Paulo Sampaio [coordenador geral da base] trabalha.

“Formar e ganhar títulos andam juntos, mas se existisse uma ordem de importância, a formação seria o principal, com certeza. Mas, toda vez que a camisa do Palmeiras entra em campo é para vencer, isso é inegociável. Representamos uma instituição vitoriosa. A vigilância da formação é a mão mais clara do João Paulo. Ele é o guardião dos jogadores. É quem determina e entende da formação do jogador até o profissional. Ele é muito vigilante. Temos que vencer e vencer com jogadores que terão condições de alcançar o profissional. Se algum jogador não possuir o perfil de chegar até o profissional, ele dificilmente chega ao Sub-20. Uma coisa não anda sem a outra: buscamos vencer, mas, acima de tudo, oferecer ao Abel todas as soluções que ele precisa”, completa.

Outro ponto destacado pelo treinador é o ambiente do Palmeiras e como o lema “todos somos um”, trazido por Abel, também é incorporado na base.

“O Palmeiras tem um ambiente muito favorável e o jogador percebe muito rápido que ele precisa se adequar aos valores estabelecidos pela diretoria e pelo Abel. A gente fica tranquilo porque o jogador que chega é muito bem recebido pelo grupo e todos se ajudam”, disse.

“Atletas de base têm tempos diferentes e é preciso que eles entendam isso, continuem o processo de desenvolvimento. O Naves, o Fabinho, o Vanderlan e outros são exemplos de jogadores que estiveram no processo até o último ano de Sub-20 e isso não fez com que eles não fossem aproveitados no profissional de maneira efetiva. São casos de jogadores que não pularam a etapa. E aí tem também casos como o do Estêvão que com 16 anos era titular do profissional. Temos um ambiente no Palmeiras hoje, o ‘todos somos um’, que faz com que os meninos não tenham um sentimento de inveja ou injustiça. Todos torcem uns pelos outros e a gente entende que os jogadores são do Palmeiras, não do profissional, Sub-20 ou Sub-17”, concluiu.

Campeão Brasileiro, o Palmeiras Sub-20 segue a temporada com mais três competições. A equipe está nas quartas de final do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil; e finalizará o ano esportivo com a Copinha de 2025.

Confira na íntegra a entrevista do Verdazzo com Lucas Andrade:

Rony, Dudu e reforços: Abel Ferreira em entrevista coletiva após vitória no Brasileirão

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Bahia, durante partida válida pela décima quinta rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Palmeiras venceu o Bahia por 2 a 0 e Abel Ferreira comentou sobre diversos assuntos no pós-jogo

O Palmeiras venceu o Bahia por 2 a 0 e encostou no Flamengo, atual líder do Brasileirão. O Verdão está a um ponto da equipe carioca, na segunda colocação.

Após a partida deste domingo, no Allianz Parque, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e comentou sobre diversos assuntos. O treinador elogiou a atuação palmeirense, fez uma análise sobre Rony, explicou os motivos de Dudu não ter saído banco de reservas e também falou de como pretende utilizar os três reforços que chegaram recentemente.

Por fim, o comandante revelou também que o Palmeiras emprestará o lateral-direito Garcia.

Confira as respostas de Abel Ferreira:

– Análise da partida

“Entramos muito bem no jogo, empurramos nosso adversário. Nossa produção ofensiva ficou evidente. Apesar disso, a primeira grande oportunidade de jogo é do Bahia, mesmo a gente produzindo bastante. Conseguimos um gol no final da primeira parte e acho que seria injusto se a gente fosse pro intervalo sem marcar. No segundo tempo entramos fortes também, procuramos fazer gol e conseguimos. Eles também tiveram oportunidades e é isso que temos de corrigir, o Weverton fez um excelente jogo. No fim, a vitória foi justa”.

– Nome de Dudu envolvido em troca por Gabriel Barbosa e motivos do camisa 7 não jogar

“Esse assunto, eu tive conhecimento antes do jogo. Mas eu vou ser coerente com o que tenho dito. Não vou falar de especulação, de novela. Eu já disse várias vezes que assunto de transferência é com a diretoria. Treinador treina, roupeiro, roupa, com todo respeito”.

“Eu conto com o Dudu. Vocês podem perguntar: por que o Dudu não entrou hoje? Porque não estava para ele entrar. Contra o Grêmio, naquele campo, se é que posso chamar de campo, ele jogou 20, 25 minutos, e aquele é um campo que gera cansaço. Eu conto com todos os jogadores do Palmeiras, e conto com Dudu”.

– Rony

“Há uma coisa que ele tem que eu peço para todos, que é a vontade que ele tem. Vocês veem como tá o Lopez, como evoluiu, e eu já disse. Se o Rony fosse nota 10 não estava aqui, estava no Barcelona, no Real Madrid. Ele corre para frente e empurra o adversário para trás”.

“Meu jogo tem que ter a ruptura, correr para frente. Às vezes com bola e outras sem bola. Não dá para pedir ao Rony que faça o que o Estevão faz. São características diferentes. Se as pessoas que criticam na rede social se sentem bem, força. Muita força. Nem sei se essas pessoas são palmeirenses, estão atrás de um celular. Falo para os jogadores sentirem o que vem da arquibancada. O Rony entrega tudo no campo. Eu fico puto quando ele fica em impedimento, falo na cabeça dele, digo que está distraído. Mas é assim. Às vezes faz gol, outras não”.

– Utilização de Felipe Anderson, Giay e Maurício

“Os três têm que se adaptar. Nossa equipe está bem. Não vou mexer na equipe que está bem. Quem chega tem que conquistar o lugar. Eu não dou camiseta a ninguém. Regalias que meus jogadores têm, eles conquistam. Temos um elenco curto e esses 3 reforços vem para nos ajudar”.

“Nós temos três laterais muito bons, vamos emprestar o Garcia e vamos ficar com o Rocha, com o Mayke e com o Giay. Tenho revesado entre Mayke e Rocha. Nós estamos no meio do ano e já temos 40 jogos. Se tudo ocorrer bem ainda temos mais uns 35 jogos. Temos que rodar a equipe. Me custa deixar Estevão e o Raphael Veiga de fora, por exemplo. Na lateral, estou contente com o Mayke, com o Rocha”.

“O Maurício chegou para ser o substituto do Luis Guilherme [vendido ao West Ham]. Ele joga tanto pela direita quanto por dentro. O Felipe joga aberto ou por dentro também, pode fazer o que o Gabriel Menino vinha fazendo, atuar aberto e ser opção no meio. É um jogador muito culto taticamente”.

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol

Patrocínio, Barros e torcida organizada: Leila Pereira concede entrevista na Academia de Futebol.
Alexandre Guariglia/Lance!

Veja os principais pontos comentados por Leila Pereira separados pelo Verdazzo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol. A conversa aconteceu apenas com alguns jornalistas selecionados, na tarde de quarta-feira.

Em mais de uma hora de coletiva, Leila comentou sobre diversos assuntos: negou conflitos de interesses sobre ser patrocinadora e mandatária do clube, falou sobre abrir concorrência para outras marcas, defendeu Anderson Barros, criticou a Mancha Verde e os conselheiros que fazem oposição a ela no clube, além de também comentar sobre contratações.

Confira os principais trechos da entrevista de Leila Pereira separados pelo Verdazzo:

– Patrocínio

“Eu não uso nada do Palmeiras. O Palmeiras nunca pagou camarote para mim, nunca pagou nada para mim. É tudo às minhas custas. Não há questão de conflito de interesse. Elas (pessoas da oposição) querem destruir a nossa gestão e eu não vou deixar”.

“Quando a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras, em 2015, no ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nós espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a FAM já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$ 1 bilhão e R$ 200 milhões”.

“Tem que ser responsável, tem que ter a certeza de que vale. Prove que (por) essa camisa do SCCP estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel, que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano”.

“Temos contrato e vamos honrar até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, porque se vier alguém com pagamento acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea…

…Até hoje não chegou nada. Estou sempre aberta a propostas, mas o que desejo é que finalize o nosso contrato de patrocínio em dezembro de 2024 e só então que vamos abrir para novas empresas que queiram patrocinar o Palmeiras”.

– Anderson Barros

“Ele no Palmeiras conquistou nove títulos, sendo duas Libertadores. É responsável direto pela contratação do maior técnico do Palmeiras. Não tenho dúvidas que é um profissional que qualquer clube gostaria de ter. É uma pessoa equilibrada, correta, respeitosa, que eu tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro”.

– Mancha Verde

“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. […] Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro”.

“Eu respeito profundamente nossos 20 milhões de torcedores que não são só da vitória. O Palmeiras hoje é um clube modelo de administração. Olha o que nós temos aqui, essa Academia de Futebol, vários clubes vêm conhecer, olha essas revelações na base, olha os últimos anos o que nós somos hoje. Acho que isso enche de orgulho a grande maioria dos torcedores. Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos sobre o nosso Palmeiras”.

– Oposição

Não é oposição. Eles são da destruição. Não sou uma pessoa vingativa de forma nenhuma. Não sou palhaça. Esses ingressos para conselheiros são uma liberalidade para presidente, oferece para quem quer, e para essas pessoas que querem destruir nossa gestão, não é que não tem ingresso, é que eles não têm nada.

Nota da redação: No mês passado, Leila Pereira vetou ingressos para membros do Conselho Deliberativo que haviam pedido esclarecimentos sobre a gestão no Conselho de Orientação e Fiscalização. Um dos pontos questionados foi a relação da Placar Linhas Aéreas, de propriedade da presidente, com o Palmeiras.

– Contratações

“Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentando e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, eu quero continuidade. Tenho essa dificuldade de trazer atletas que joguem como quero. O Palmeiras não é lugar de aposentado. Não vou fazer isso. Contratação é caro, então quero contratar jogadores que podem resolver”.

“No meio do ano tentamos, sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso”.

– Planejamento e austeridade financeira:

“Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas e torcedores. Sei que o torcedor quer contratação, mas quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Não vou fazer isso. Eu penso o Palmeiras a longo prazo, não pro próximo campeonato. Quero que o Palmeiras ganhe sempre, não apenas um campeonato”.

“O Palmeiras tem planejamento sim, mas nosso planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em hipótese nenhuma vamos planejar contratações ou saídas por pressão de torcida organizada”.

Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony

Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony.
Divulgação

Abel concedeu entrevista ao podcast da Conmebol Libertadores, nesta segunda-feira

De contrato renovado com o Palmeiras, Abel Ferreira participou do podcast da Conmebol Libertadores na tarde desta segunda-feira e declarou que já tem um plano de carreira definido para os próximos anos: ficar no Verdão até o final do vínculo e tirar um ano sabático.

“Não tenho intenção nenhuma de ser técnico de seleção nos próximos anos. Projeto o que quero a curto e médio prazo, e hoje quero cumprir meu contrato [até 2024] com o Palmeiras. Quero estar aqui e depois tirar um ano sabático. Aí falaremos sobre seleções, clubes… aí veremos”, disse o treinador.

À frente do banco de reservas do Palmeiras há quase um ano e seis meses, Abel contabiliza quatro troféus conquistados e, no último sábado, alcançou sua nona final ao vencer o Red Bull Bragantino na semifinal do Campeonato Paulista.

“Gosto muito de fazer o plano da minha carreira. Vim ao Palmeiras contra a vontade da minha família, cheguei por convicção própria, porque estudei, sabia que era um grande clube que vai me dar chance de brigar por títulos. Assinei e renovei porque queremos continuar a lutar por títulos. Não sei se vamos ganhar, mas a ambição é continuar nas finais”, complementou.

Em quase duas horas de programa, o treinador falou de diversos assuntos. Dentre eles, sobre como enxerga parte da imprensa no Brasil.

“O jornalista veste muito a camisa, não pode. Tem que tirar a camisa para falar dos adversários. Se quiser fazer algo sério e honesto tem que tirar a camisa. Quando o Palmeiras joga bem, falar que jogou bem. Caso não, falar que foi mal. Tem que ser assim com todos os clubes. Não me interessa o time que você torce, tem que ser imparcial”, declarou.

Abel sai em defesa de Rony

Abel comentou também sobre Rony, que vem sendo utilizado como centroavante e às vezes é criticado pela torcida nas redes sociais. O comandante sabe que o camisa 10 peca em algumas oportunidades de gol, mas ressaltou sua importância para o time.

“O Rony, com a bola, é nota 7. Se ele fosse, com a bola, nota 9 ou 10, ele não estava no Palmeiras; estaria no Barcelona ou no Bayern de Munique. Não é à toa que já há muitos clubes que o querem. Muitas vezes, a melhor coisa para o jogador é saber qual nota ele é em cada quesito, e como pode evoluir. O Rony é um pouco afobado em algumas decisões que toma, mas no último jogo [diante do Red Bull Bragantino], ele já teve mais calma para tomar algumas decisões”, declarou Abel, que também revelou que pediu à diretoria que não o vendesse.

“Já recusamos propostas por ele. Eu disse na época para a diretoria: ‘Por favor, não vendam esse jogador!’. A proposta era de 7 milhões de euros e eu pedi: ‘Por favor, não vendam esse jogador, ele é muito importante não só para mim, mas para o Palmeiras’. Ele vai cometer erros, é claro, mas todo mundo comete. Eu cometo, o Messi, o Cristiano Ronaldo, o Neymar. O objetivo é tentar acertar mais do que errar”, concluiu.

Para finalizar, o treinador também elogiou todos os jogadores do clube. “Eles são os melhores profissionais com quem já trabalhei. Lá na Europa, os do Braga não gostavam muito de fazer Academia; os do Paok não queriam fazer um trabalho para evitar lesões, o pré-treino e o pós-treino. Cheguei aqui e vi que eles [os jogadores do Palmeiras] se dedicam o tempo todo. Espetacular”.

Everaldo Coelho, diretor de marketing do Palmeiras, faz promessas e deseja 100 mil sócios Avanti até o final do ano

“Atacando em várias frentes”, Everaldo Coelho, diretor de marketing do Palmeiras, faz promessas e deseja 100 mil sócios Avanti até o final do ano.
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No comando do marketing do Palmeiras desde o início do ano, Everaldo Coelho concedeu entrevista ao canal de YouTube do jornalista Paulo Massini, na noite de segunda-feira

Na noite de segunda-feira, Everaldo Coelho, novo diretor de marketing do Palmeiras, concedeu entrevista aos jornalistas Paulo Massini, Diego Iwata e Willian Correia e garantiu a todo instante que o Palmeiras “está atacando em diversas frentes [no marketing]” para gerar mais receitas ao clube, mas não se aprofundou em nenhum tema e preferiu também não estipular prazos.

O diretor comentou sobre a entrada do Palmeiras no marketing digital (e-sports, metaverso, NFTs), o patrocínio no futebol feminino e nos esportes amadores, o alcance do Avanti, defendeu o valor pago pela Crefisa para patrocinar o clube, entre outros assuntos.

“Eu, com 45 anos [de experiência] trabalhando no setor financeiro, aprendi que a gente só coloca prazo quando está fechado. E a presidente é a primeira a cobrar os prazos que a gente se prontificou a colocar. Algumas coisas estão caminhando, mas tenho a visão que temos que fechar com parceiros de relevância. Estamos em um momento de transformação. Assumi no começo desse ano e nesses dois primeiros meses tivemos o atropelo natural do Mundial, tivemos a reestruturação do departamento, que foi necessário. Se falar que o carro está trocando o pneu andando, pode até ser”, disse.

“Temos um patrocínio forte, temos grandes parceiros. A gente tem que evoluir aquilo que a gente imagina que pode melhorar. Minha prioridade hoje é que o torcedor Avanti seja melhor atendido. Estamos discutindo patrocínios para os outros esportes, há valores e preços, é preciso negociar cada um deles. As propriedades são infinitas e temos que achar outras formas de comercializar. Naquilo que a gente tem, está tudo caminhando dentro do que nós esperamos. Tudo requer calma”.

Confira os principais temas respondidos por Everaldo Coelho

  • Restruturação no departamento de marketing

“Sob minha gestão, além do marketing, temos a comunicação e a TV Palmeiras. Somadas essas três áreas temos 44 profissionais […] Houve uma restruturação em cargos gerenciais porque havia um em cada produto oferecido pelo clube (licenciamento, lojas físicas e online, escola de futebol, entre outros), e isso não me parece ser muito adequado. Por isso fizemos a restruturação. A gente entende que, em uma visão mais piramidal, com gestão e equipe para gerir cada processo que queremos trabalhar, é muito mais rápido e conseguimos resultados maiores”.

  • Maketing digital

“Estamos trabalhando fortemente em uma plataforma única de relacionamento com o torcedor. Para que tudo que o torcedor quiser, ele acesse lá. E aí vai para FanTokens, NFTs, Metaverso, realidade aumentada, carteira digital. Na inteligência artificial, você precisa estar dois passos na frente. Estamos focados nessas frentes. O Palmeiras irá ‘surfar nessas ondas’”.

  • E-sports

“Estamos trabalhando em uma frente diferente em relação aos outros clubes que entraram no E-sports. Eles entraram com parcerias e a maioria não deu certo. Estamos vendo de transformar em uma atividade esportiva dentro do Palmeiras, queremos criar uma equipe, temos dois parceiros fortes, que ainda não podemos revelar. Essa modalidade [o E-sports] vem crescendo muito no mundo inteiro, os influencers deste segmento têm grande envolvimento com os jovens. A gente está investindo forte”.

  • Sócio Avanti e Match Day (ações no Allianz Parque em dias de jogo)

“Queremos chegar aos 100 mil sócios Avanti até o final do ano. Estamos trabalhando fortemente nisso. Até julho quero entregar o Match Day completo, no nível que vemos fora do Brasil. Há algumas coisas que ainda não podemos revelar, mas terá atrações em que a pessoa entra e participa, principalmente o Avanti. Ele será cada vez mais valorizado, vamos entregar novas experiências. Não será apenas um simples espectador”.

“Para o torcedor Avanti que está fora de São Paulo, a primeira coisa que fizemos foi a carreta interativa, que tem os troféus da Libertadores, os mascotes e ativação do Avanti. Nós vamos cada vez mais construir eventos. Temos muitos consulados. Estamos construindo muitas coisas para que essa relação seja cada vez melhor, como por exemplo levar a equipe para fazer uma pré-temporada em outro estado”.

  • Patrocínio para o futebol feminino e outros esportes

“[Sobre o futebol feminino] estamos terminando uma discussão com 3, 4 parceiros. Por questão de confidencialidade não podemos abrir ainda. Assim como no basquete, futsal. Estamos fechando um pacote com eles. Há muitos interessados em várias formas de patrocinar o Palmeiras”.

  • Patrocínio de empresas no ramo de apostas esportivas

“O Palmeiras tinha uma parceria com uma casa de apostas até o final do ano passado. Encerramos aquele contrato e hoje estamos discutindo valor com 4, 5 empresas. Temos que nos preocupar com quem está se relacionando com a marca Palmeiras. Sou guardião da marca. Temos várias propriedades que podemos usar [para colocar a casa de aposta]”.

  • Sobre o patrocínio da Crefisa

“Não dá para falar que esse patrocínio está defasado. São mais R$100 milhões (R$80 pelas propriedades da camisa mais premiações). Se vier uma nova empresa, disposta a investir e que dará mais dinheiro ao Palmeiras, estendemos o tapete verde. A Leila já havia falado sobre isso em sua coletiva de apresentação”.

  • Sobre a proposta de campanha de Leila Pereira para diminuir o preço da camisa oficial

“Tivemos reuniões com a Puma e estamos buscando uma saída para isso. O preço da camisa é realmente alto para os brasileiros. Estamos discutindo alternativas criativas com a Puma, para vermos como a gente consegue minimizar esses efeitos. Não é simples [é preciso pagar royalties à Puma]. Os dois lados precisam abrir a mão de algo. Se eu tirar os royalties, eu perco receita, mas consigo de certa forma compensar de outra forma? Estamos vendo. Nunca vamos chegar ao preço que custa hoje uma camisa pirata, mas estamos trabalhando para chegar a uma solução mais viável”.