Rony revelou a confiança dos jogadores nas cobranças e a escolha por ser o último cobrador
O atacante Rony vive em 2022 o ponto mais alto até agora em sua passagem pelo Palmeiras. No clube desde 2020, o camisa 10 é o goleador do time na temporada, com 18 gols marcados, e peça fundamental para o funcionamento do esquema montado por Abel Ferreira.
Além da artilharia e dos títulos conquistados no ano (Recopa e Campeonato Paulista), Rony também alcançou uma meta individual: fazer o tão sonhado gol de bicicleta. O tento aconteceu na goleada palmeirense por 5 a 0 sobre o Cerro Porteño, no segundo jogo das oitavas-de-final da Libertadores – foram 19 tentativas até acertar.
“Meu filho foi minha maior motivação para continuar tentando o gol de bicicleta. [O lance] vai ficar marcado para o resto da minha vida. As pessoas desacreditam na gente, dizem coisas negativas, acham que você não vai conseguir, mas você mostra que consegue. Saí do interior, da roça. Mostrei que não deixei as críticas me abalar”, disse Rony, emocionado, em entrevista à ESPN.
“Foi muito legal a reação do Abel quando o gol aconteceu. No momento do cruzamento do Breno [Lopes] deu tempo de ver a movimentação dos adversários, aí eu pensei: ‘tem que ser agora’”, complementou o atacante.
Bicampeão pelo clube da Libertadores, Rony comentou também sobre a possibilidade de erguer o troféu continental pela terceira vez consecutiva.
“Nosso objetivo é novamente conquistar a Libertadores. Estamos focados. A força do nosso elenco, a mentalidade que temos hoje, nosso foco não está sendo só o Brasileiro, mas também a Libertadores. Serão jogos difíceis, mas nós temos total capacidade de enfrentar equipes que também vão brigar”, disse.
Rony comenta duelo contra o Atlético-MG
Versátil em campo, Rony tem como função de origem atuar pelas pontas, mas se destaca no Palmeiras atuando de centroavante. No último dia 10, quando o Verdão enfrentou o Atlético-MG no jogo da volta das quartas-de-final, o jogador colocou a versatilidade à prova.
Quando Danilo foi expulso com 30 minutos de jogo, Rony foi deslocado para a direita e fez a função de ala, auxiliando Marcos Rocha.
“Aconteceu tudo tão rápido. Logo após a expulsão, é natural a gente começar a pensar o que vai acontecer na partida. A torcida nos apoiou muito. Assim que houve o lance, o Abel me chamou e eu fiz uma função que já tinha desempenhado no passado, contra o Bahia, atuei como um ala. A gente precisava fechar bem os lados do campo e, rapidamente, nos organizamos”, declarou Rony, que também relembrou a decisão por pênaltis e revelou o pedido de ser o quinto cobrador do Palmeiras.
“Jogamos para vencer, mesmo quando ficamos com dois a menos. Dentro de campo nós estávamos confiantes que acharíamos uma bola parada e faríamos o gol. Não queríamos ir pros pênaltis”, disse.
“O professor Cebola [Andrey Lopes] estava organizando e perguntou se eu queria bater e disse que bateria o último. Ele disse: ‘tem quatro pra bater por último’ (risos). Na hora dos pênaltis, não pensamos nas derrotas que tivemos antes. Por tudo que passamos no jogo, tínhamos a confiança que venceríamos. Nosso pensamento era apenas converter o pênalti. Tanto que quando eu fui [bater], tinha esquecido que era o último e que se perdesse acabaria a disputa. Todos estavam com o pensamento positivo”, finalizou.
Depois de passar pelo Atlético-MG, o Palmeiras terá o Athletico-PR como adversário na semifinal. O primeiro duelo ocorre na Arena Baixada, no dia 30 deste mês; a volta acontece no dia 6 de setembro, no Allianz Parque. Antes, o time tem dois compromissos cruciais pelo Brasileirão: recebe o vice-líder Flamengo no próximo domingo (21), e seis dias depois visita o Fluminense, quarto colocado.
