Em grande partida coletiva, o Palmeiras fez 5 a 0 no rival
A vitória por 5 a 0 sobre o SPFC, na noite desta quarta-feira, foi a maior goleada do Palmeiras em cima do rival desde a inauguração do Allianz Parque. Antes, a maior marca havia sido de 4 a 0, duas vezes aplicada, em 2015, pelo Brasileirão, e em 2022, na final do Campeonato Paulista.
Ao todo, o Palmeiras já enfrentou o SPFC 20 vezes jogando na arena. São 12 vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Esses números fazem do time do Morumbi a maior vítima do Verdão no local, seguido pelo Santos, que perdeu nove vezes.
Além disso, o Palmeiras igualou sua maior goleada sobre o SPFC na História. O mesmo placar se repetiu em 1965, quando Servilio e Dario, ambos duas vezes, e Rinaldo marcaram os gols da vitória palmeirense pelo torneio Rio-São Paulo.
O quarto gol palmeirense foi anotado por Marcos Rocha, que entrou no segundo tempo no lugar de Mayke. O camisa 2 parabenizou os companheiros pela grande vitória e comemorou a eficácia do time.
“Parabenizar a equipe pela vitória, foi um jogo convincente. Tivemos quatro derrotas consecutivas e sentimos bastante, mas agora é jogo a jogo, trabalhar firme. Estamos readquirindo a confiança, a pressão, a tomada de bola no campo do adversário. Agradeço ao torcedor pela festa, a gente espera que isso se mantenha até o final”, disse.
“O Abel cobrou bastante pra gente fazer os gols, não deixamos criar, mas estávamos pecando na finalização. Fez falta em alguns jogos. Mas hoje é de alma lavada. Do começo ao fim levamos o jogo com muita seriedade e isso facilitou para que saíssemos com a vitória”, complementou.
Esquema com 3 zagueiros facilita para Marcos Rocha
Desde a partida contra o Coritiba, Abel Ferreira mudou o esquema do Palmeiras para três zagueiros de origem. Marcos Rocha aprova essa formação, já que significa mais liberdade para ele atacar.
“Marquei meu segundo gol no ano. Não era muito de chegar ao ataque pelas funções que fazia quando era titular, era mais defensivo. Mas o esquema de três zagueiros não tem lateral que não goste, porque atacamos mais, chegamos ao fundo. Fui feliz no lance, esperei a bola passar e acertei a finalização”, concluiu.
O Palmeiras volta a campo no sábado para enfrentar o Bahia, novamente no Allianz Parque. Apesar do gol, Rocha deve ser opção no banco de reservas.
Última vez que o Palmeiras ficou dez jogos sem perder para os rivais foi na década de 90
Com o empate em 0 a 0 diante do SCCP no último domingo, fora de casa, o Palmeiras completou a marca de dez partidas seguidas de invencibilidade para os rivais paulistas em jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro. A última vez que isso havia acontecido foi entre 1995 e 1998.
O feito contempla os seis clássicos disputados em 2022 e mais quatro na atual edição do Brasileirão. Foram sete vitórias e três empates, com 12 gols marcados e apenas dois sofridos. A maior vítima palmeirense no recorte é o SCCP, que perdeu três jogos – Santos e SPFC foram derrotados duas vezes cada.
Para fechar os clássicos em 2023, o Palmeiras enfrenta o Santos na 26ª rodada e o SPFC na 29ª – ambas as partidas serão com mando do Verdão.
Para o meio-campista Gustavo Scarpa, que concedeu entrevista ao final do jogo, faltou para o Palmeiras começar melhor o confronto desta quinta-feira e ser mais efetivo no segundo tempo.
“O jogo de hoje foi parecido com o de segunda-feira, eles começaram melhor, mais intensos, e no segundo tempo a gente teve mais personalidade, que é o que a gente precisa. Colocamos a bola no chão, arriscamos uns passes, mas não fomos eficientes nas finalizações. A gente acordou depois que tomamos o gol. É claro que nossa equipe sempre entra focada nos jogos, mas tem que reconhecer os méritos da equipe adversária, eles têm qualidades”, disse Scarpa, que em seguida projetou o duelo da volta.
“É ter paciência, temos mais um jogo, é um resultado reversível. Claro que precisaremos dar o nosso melhor, mas não tem nada perdido”, completou.
Não há o critério do gol qualificado na Copa do Brasil; sendo assim, o Palmeiras avançará às quartas-de-final em caso de vitória por dois gols de diferença ou mais. Qualquer triunfo por um gol de diferença levará o confronto para os pênaltis; o adversário jogará pelo empate.
Gustavo Scarpa quer o apoio da torcida no Allianz Parque
Scarpa falou também sobre o apoio dos palmeirenses no Allianz Parque no jogo da volta, que acontecerá no dia 14 de julho.
“Assim como a torcida deles esteve presente hoje no Morumbi, não tenho dúvidas de que nossa torcida no Allianz Parque irá nos ajudar muito. A gente espera que, com o apoio deles, a gente consiga prevalecer”, finalizou.
O Palmeiras volta a campo no próximo domingo, pelo Campeonato Brasileiro, para enfrentar o Avaí; o duelo ocorre na Ressacada, às 16h.
O auxiliar citou, principalmente, a falta de agressividade da equipe e a dificuldade na criação de jogadas – o Verdão finalizou apenas seis vezes, sendo que nenhum chute foi em direção ao gol de Jandrei.
“Hoje estivemos um pouco abaixo. Na primeira parte, recuperávamos a bola em zonas baixas, tentávamos sair curto e o adversário pressionava bem. Não conseguimos recuperar a bola na zona de criação, isso nos criou dificuldades e também faltou um pouco nós igualarmos a agressividade sem a bola. No segundo tempo melhoramos, mas não foi o suficiente. O desgaste físico também interferiu, é normal, houve lances de precipitação e muitos passes falhados, o que nos obrigou a gastar mais energia”, explicou.
“Cada jogo tem sua história. Sabíamos que hoje seria diferente de segunda-feira. O SPFC foi mais competente que nós, mais agressivo nos duelos, fez muitas faltas e nos pressionou perto de nossa baliza. Tivemos problemas no jogo curto e também nas individualidades. Tínhamos que ter um pouco mais de calma, paciência, ganhar bola na segunda fase do campo. No final, eles mereceram ganhar porque fizeram um gol e nós não”, acrescentou Martins, que também falou sobre o duelo da volta.
“Nada está perdido, queríamos um desempenho e um resultado diferente, porém não fomos capazes. São dois grandes clubes e é normal ter confrontos equilibrados. Às vezes ganhamos, outras não, mas vamos trabalhar para que no jogo em casa a gente dê a volta por cima. Será outra história. A eliminatória está completamente aberta, irá ganhar o melhor e esperamos que sejamos nós. O confronto é de 180 minutos e ainda está no ‘intervalo’”, completou.
O Palmeiras precisa vencer o SPFC por dois gols de diferença no confronto do Allianz Parque para avançar às quartas-de-final no tempo normal. Caso vença por pelo menos um gol, o duelo será decidido nos pênaltis.
João Martins reclama de Raphael Claus
Apesar de admitir um Palmeiras abaixo da média, João Martins não deixou de reclamar da arbitragem de Raphael Claus. Para o assistente, o juiz foi permissivo com a agressividade do adversário e também não deu falta de Reinaldo em Dudu na origem do gol do rival.
Cesar Greco
“Não vamos dar essa desculpa [de falta de energia do time]. O adversário foi mais forte, essa é a realidade. Mas vale ressaltar que tivemos um momento de descontração no gol porque foi falta no Dudu e o árbitro não deu. É incompreensível. Nossos jogadores acabaram por ir reclamar e eles marcaram o gol”, protestou.
“Foi um jogo agressivo, muito por conta do último jogo, e faltou o árbitro estar preparado para isso. Só faltou o Reinaldo pisar no Dudu, porque de resto ele fez tudo”, finalizou Martins.